Como Ajudar?
A minha luta
Acredito, num mundo melhor, onde as qualidades dos disléxicos sejam reconhecidas e valorizadas.
Acredito também, que juntos, podemos abrir as portas para uma sociedade mais inclusiva e equitativa para todos, independentemente da dislexia ou outra condição de aprendizagem.
E... porque acredito, criei materiais adaptados para os ajudar, já são 5 livros e mais de 150 cadernos. Tudo pelo brilho no olhar e o sorriso destas crianças.
Em primeiro lugar, importa saber que a dislexia é um transtorno de aprendizagem que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e que embora possa ser desafiadora, a dislexia não é uma indicação de baixa inteligência ou habilidades limitadas. Antes pelo contrário, muitos indivíduos com dislexia são incrivelmente talentosos e criativos, e têm muito a oferecer à sociedade como foi o caso de Einstein, Da Vinci, Agatha Christie, entre outros.
As crianças disléxicas conseguem desenvolver estratégias para ultrapassar os desafios e, podem ser adultos bem-sucedidos e realizados em qualquer profissão que desejem. Basta que tenham o apoio certo, terapia fonológica, orientação de leitura e materiais adaptados que facilitem a aquisição de competências de leitura e escrita, como é o caso dos meus livros e cadernos. As tecnologias, como programas de computador e aplicativos, também podem ser ferramentas úteis para ajudar a melhorar as habilidades de leitura.
Infelizmente, muitas vezes as crianças com dislexia são subestimadas e enfrentam muitos obstáculos no sistema escolar, sendo impedidas de alcançar o seu potencial, devido à falta de compreensão e apoio. É muito importante que os seus direitos sejam reconhecidos e que mudemos a antiga narrativa, reconhecendo a dislexia como o transtorno de aprendizagem fascinante e valioso que é.
Existe ainda algo, deveras importante, que temos sempre que ter em conta, o facto de os disléxicos não aprenderem da mesma forma que os colegas afeta a sua autoestima e bem-estar emocional. Eles sentem-se frustrados, inseguros e deprimidos, devido ao fracasso frequente nas situações escolares. Esses sentimentos são ainda intensificados pelo bullying ou exclusão social, que são comuns para as crianças com dislexia.
Então, mais do que a preocupação com as notas devemos estar atentos aos sinais, preocupando-nos com a autoestima e o bem estar da criança, pois crianças infelizes não aprendem, quer sejam disléxicas ou não.